Reflexão sobre a verdade

In ilo tempore a verdade era uma questão de probidade, de respeito pelo próximo, de rectidão, de tal sorte que até os Dez Mandamentos da Igreja Católica, mandam não faltar à verdade!

Lembro-me de um dia, tinha os meus dezanove/vinte anos, ser chamado à policia judiciária para prestar declarações e o agente, mais tarde inspector, me ter posto a Bíblia à frente e perguntar-me se eu jurava por Deus dizer a verdade, só a verdade e nada mais que a verdade!
Jurei, claro está!

Hoje não é assim.
Cada um tem a sua verdade, seja nos grandes actos públicos, seja no acto mais comezinho que se pratique no nosso quotidiano!

Não é por acaso que trago à colação esta reflexão sobre a verdade; antes pelo simples facto de que com tanta gente a falar verdade, com esta, quem sabe se o mentiroso mais dia menos dia, não passo a ser eu?

A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, achou como tema para a sua campanha o “falar verdade”!

Tal, porém, não acontece e sabem porquê? É que na política falar verdade é arranjar um molho de brócolos que leva a que os seus correligionários se rebelem e não apoiem aquilo que seria necessário!

Todavia a senhora fala a sua verdade, que obviamente, não é igual à do senhor Sócrates e este não fala a mesma verdade do senhor Louçã, nem a deste è igual à do senhor Jerónimo!

Com a aprovação das listas para os deputados laranja, a coisa já começou a azedar tal e qual como o que se passou com a feitura das listas para os deputados rosa.

Claro que, ao ter conhecimento destas coisas, volto à verdade, para perguntar quem fala verdade sobre estas pequenas(?) coisas. Mas... será que estas, interessam às clãs partidárias???...

Claro que, enquanto uns são capazes de mesclar a verdade com um pouco de hipocrisia à mistura, outros há que dizem o que sentem, no fundo a sua verdade, que às vezes dói mais, que a força de punhos.

Até agora as coisas não tem sido muito más, porque a verdadeira campanha eleitoral ainda não começou.

Preparemo-nos todos porque quando começar, vai ser o bom e o bonito, pois este é o ambiente que se vive dentro dos partidos.

Coelho dos Santos

A principal prioridade do actual Presidente Wilson Faria é reforçar a limpeza urbana numa das zonas mais nobres e turísticas do Porto?!

Como já não era novidade para ninguém, o actual Presidente da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso, Wilson Faria, volta a ser candidato ao mesmo posto através da coligação PSD/CDS-PP, intitulada “O Porto em Primeiro”, ao mesmo posto que ocupa. E a pré-campanha já está em marcha…

Curioso é que esta fase começa com um vídeo publicado no site da referida candidatura, na secção de Santo Ildefonso, onde Wilson Faria fala aos eleitores, numa intervenção gravada na Rua de Santa Catarina. Mas antes dos comentários… Vejam!

(Vídeo © O Porto em Primeiro [PSD/CDS-PP]; You Tube)
Mais uma vez fica provado que a zona mais importante para esta candidatura é aquela que menos precisa de intervenção, a zona nobre, a zona dos monumentos, do comércio, dos turistas. É claro que ela não pode ser deixada de parte, é claro que faz todo o sentido dar-lhe a importância que merece numa cidade de grandes dimensões como o Porto, mas e o resto de Santo Ildefonso, as zonas degradadas, as zonas pobres em que vivem pessoas em condições dignas de terceiro mundo, as zonas inseguras, não merecem elas tanta ou mais importância que a bonita e sempre engalanada área turística?

O final é a pérola do vídeo. Quando o “temos ainda muito que fazer” sai da boca de Wilson Faria, ainda nos dá esperança de ouvir uma proposta construtiva, mas depressa percebemos que não, ao saber que a principal prioridade desta candidatura à Junta de Freguesia de Santo Ildefonso é, imagine-se, reforçar a limpeza urbana numa das zonas mais nobres e turísticas do Porto?!

É importante a limpeza, é importante melhorá-la, mas não é isso que vai ajudar quem mais precisa actualmente, que nomeei anteriormente.

Atrevo-me apenas a dizer que gostava de ver o Presidente Wilson Faria a gravar um vídeo numa das zonas degradadas da nossa freguesia a explicar quais são as medidas sociais que tenciona implementar para auxiliar idosos, fregueses de baixos rendimentos, na requalificação do parque urbano degradado e quase em ruínas, que tipo de pressões fará para impedir o desaparecimento da nossa Esquadra da PSP e criar mais segurança, mas claro, não lhe é importante, estes problemas não são vistos por quem se passeia alegremente pela Rua de Santa Catarina ou pelos Aliados.

Alexandre Vila Real

(Imagem © O Porto em Primeiro [PSD/CDS-PP])

Júlio Lino Couto deixa mensagem aos eleitores...

O Dr. Júlio Lino Couto aceitou ser o Mandatário da nossa candidatura independente ‘Santo Ildefonso com Futuro’, depois do convite do nosso cabeça de lista Manuel Vieira. E não podia ter sido uma escolha mais acertada.
Júlio Lino Couto é um homem apaixonado pelo Porto, um homem ligado à escrita, ao teatro, enfim à cultura e prepara-se para arregaçar as mangas e ajudar-nos a concretizar a nossa ‘Mudança Necessária’ em Santo Ildefonso.

Aqui fica a mensagem que dirige a todos os eleitores de Santo Ildefonso.

Mensagem de Júlio Lino Couto, Mandatário da candidatura de “Santo Ildefonso com Futuro”

A Propósito

Como é lógico, quem me conhece sabe que não sou politico, no mau sentido do termo, já que o politico é todo o homem que pensa, nem estou filiado em qualquer partido politico. Então a que propósito apareço envolvido, logo como mandatário, nesta campanha de eleição de corpos gerentes para a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso?

Por norma não sou contra ninguém, ainda que, em alguns momentos da nossa história de meados de século passado e inícios deste, fosse, a com razão, conotado como um homem do contra. daí maior perplexidade de quem vir o meu nome, nesta qualidade de mandatário, ligado a um movimento de cidadãos que concorre a pensar que Santo Ildefonso tem futuro.

Se algumas qualidades tenho, uma delas é a lealdade para com os amigos. E começa a explicar se a razão de ser de aqui estar. Por duas vezes acedi ao pedido do meu amigo e senhor Manuel Vieira para ser seu mandatário em outras tantas eleições e o pedido repetiu-se agora e a resposta foi, como não podia deixar de ser, a mesma, ate porque quando esteve como Presidente desta Junta fez obra. Mas deixou alguns projectos que não tiveram seguimento, e recordo a residência comunitária, que tão cara nos era.

É com essa e outras esperanças de concretização que ficamos a aguardar as eleições. como sempre há perder e ganhar e o nosso maior desejo e que saia a ganhar Santo Ildefonso.

Júlio Lino Couto

Wilson Santos Faria e Família, Lda… Mais uma razão para a Mudança.

O actual Presidente da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso, Wilson Santos Faria, militante e apoiado pelo Partido Social Democrata (PSD), volta a ser candidato, como já se esperava, e já tem as suas listas elaboradas e aprovadas, tanto pelo partido que o apoia, como pelas autoridades competentes. Mas há algo de intrigante e até desrespeitador pelos fregueses neste grupo, um sem fim de tachos para a família do Sr. Presidente.

Esclarecendo, da lista do PSD para a nossa Freguesia fazem parte os seguintes nomes: Wilson Santos Faria, Isabel Soares Cardoso de Faria, Laurentina do Céu Pereira de Faria, Carlos André Coutinho de Faria e Nélson José Coutinho de Faria, ou seja, numa lista com menos de 20 lugares estão cinco elementos da mesma família, a do Sr. Presidente, quase tentando tornar a Junta na Wilson Santos Faria e Família, Lda.

Para quem é apoiado e faz parte de um partido que elegeu como lema para as eleições de 2009 a “Política de Verdade” e que tanto critica a ‘política do tacho’, começou bem…

Wilson Santo Faria comete erros atrás de erros na Freguesia, demonstrou elevado desrespeito por aqueles que mais precisam e não tem o pudor de escolher equipas de trabalho sem deixar os favores de parte; por tudo isto, está cada vez mais provado que sim, somos diferentes e a ‘Mudança Necessária” que Santo Ildefonso precisa.

Alexandre Vila Real

(Imagem © O Porto em Primeiro [PSD/CDS-PP])

Desiste da bicicleta depois de multa

Um professor foi multado por andar de bicicleta num passeio do Porto. O munícipe está incrédulo dado que só tinha preocupações ambientais.

O professor da Escola Secundária Aurélia de Sousa, no Porto, regressava a casa de um passeio de bicicleta. Subindo um passeio para evitar circular em sentido contrário, sendo confrontado por um agente que saía de uma viatura. Parou para deixar passar o agente, reconhecendo que devia ter ignorado o comentário dele de que o passeio era para peões. O munícipe ficou de tal forma incrédulo, tendo expressado tal sentimento.

O professor de Geografia argumentou que vários países fomentam o uso da bicicleta, por questões ambientais,e lamentou o facto de no Porto existirem poucas condições para o uso daquele veículo. O agente da autoridade terá dito “problema seu, isso é lá fora, aqui é Portugal”. O munícipe acabou por ser multado em 60 euros.

O professor farto do mau civismo diário no uso da sua bicicleta, até já foi atropelado por um automóvel, agora com a multa foi a estocada final nas pretensões ambientais, preparando se para usar o autmóvel ou comprar uma vespa.

Resta-me concluir que assim vai o Mundinho Portuense, assente na falta de bom senso do agente da autoridade e da falta de politicas ambientais, no que concerne aos corredores de bicicleta, que já deveriam proliferar pela nossa cidade.

Cultura democrática precisa-se...

Alexandre Vila Real

Porto, Capital do Trabalho e da Região

O Porto é uma cidade carregada de história. Das lutas que travou subsistem as memórias de sítios e lugares, ruas e praças, inscritas nas tradições populares, literárias e míticas e também, no granito dos seus monumentos.

O Porto é, porventura, a única cidade que teve o privilégio de ter dado o nome a uma nação depois de, nas remotas eras da formação dos reinos peninsulares, o ter dado ao condado Portucalense. “Reconstruída” pelo Conde VIMARA PERES em meados do século IX, nunca a cidade poderá ser despojada dessa glória e dessa originalidade.

O Porto foi quase sempre um grande actor histórico, desempenhando normalmente o papel de segunda capital do país.

O Porto da segunda metade do século gozava de uma invejável posição na economia, na industria e nas finanças.

O Porto foi, durante o século passado, o berço da maior parte das grandes figuras das letras e das artes nacionais.

O Porto, cidade de granito, burgo medieval, nascido do rio Douro, berço do nascimento e formação de Portugal, tem uma personalidade única e inigualável.

- O Porto de Fernão Lopes - legendário, heróico e honrado.

- O Porto de Camilo - grotesco e dramático.

- O Porto de Garrett - irónico, pitoresco e sentimental.

- O Porto, que idolatrou Humberto Delgado

O Porto, com uma tradição histórica de participação cívica, de luta pela liberdade e possuidor de um elevado sentido de fraternidade, tem de mobilizar todos os cidadãos dotados de maioridade cívica, para que seja aprofundada a natureza democrática da relação entre os munícipes, os seus eleitos e a estrutura do poder local, que os representa.

O Porto, como cidade do trabalho, não pode ignorar o 1º de Maio.

O Porto, como cidade da Liberdade e da Democracia, não pode esquecer o 25 de Abril.

Pelo contrário; o Porto, deve relembrar sempre a sua tradição histórica e deve também contribuir decididamente, para que a cidadania seja assumida por completo, de molde a que a sua gente possa, como deve, participar mais activamente, na vida pública e política da sua cidade porque esta, não é propriedade de um qualquer presidente. É e será sempre...dos Tripeiros.

Só deste modo e depois desta prática estar definitivamente consolidada, é que se pode pensar que o Porto, sendo a Capital do Trabalho e da Luta pela Democracia, tem todo o direito a ser também, a Capital de uma Região.

«Lembre-me alguma coisa bem nossa, bem do Porto, bem tripeira, porque esta órbita é toda das reminiscências da minha infância, da minha terra natal.» (Almeida Garrett)

Coelho dos santos, portuense de nascimento, nortenho de raiz.
(2008.05.01)