Freguês de Santo Ildefonso multado por alimentar gatos

28 julho 2009

Um morador da Rua Gonçalo Cristovão, no Porto, indignado com o tom intimidatório com que alguns fiscais da Câmara do Porto andam a proibir que a população deite comida, num terreno privado, ás dezenas de gatos vadios que ali andam, um morador foi mesmo multado, referiu a mesma fonte que preferiu o anonimato.
Depois de ter contactado a Junta Freguesia de Santo Ildefonso, gabinete do municipio, direcção regional do ambiente, foi no canil municipal que o dito morador ficou a saber que nao fazem recolha de animais vadios porque não tem dinheiro, funcionários que chegue e o espaço há muito que está esgotado.
Para a Autarquia é mais prático deixar os animais a morrer á fome.

Como plataforma independente candidata a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso vimos por este meio repudiar frontalmente qualquer tipo de sanção punitiva no que concerne ao facto em questão, dado que defendemos que uma sociedade é tanto ou mais evoluida de acordo como trata os seus animais... assim vai o conceito de liberdade dos nossos politicos de há 30 anos.Tenham bom senso!!!!!!!!

Alexandre Vila Real

O 25 de Abril e as Autarquias

24 julho 2009

É inegável que o conceito do poder local, tem vindo a evoluir consideravelmente, desde o 25 de Abril.
Porém, com o decorrer do tempo foram-se manifestando alguns traços, pouco favoráveis na sua acção, entre os quais, a falta de renovação em muitas Câmaras e Juntas de Freguesia.
Não admira por isso, que na reforma do poder local ainda se mantenha na agenda política, uma acção especialmente centrada na limitação de mandatos, com o sentido de por cobro a alguns privilégios, como o regime de pensões e acumulações, que tão má imagem dão ao poder local.
Se as duas primeiras já estão definidas por imposição do governo, a última continua ainda a passo de caracol. È pois importante que os próximos passos sejam mais rápidos, para permitir que em tempo útil se alcance a necessária reforma.
Seja como for, depois da instauração do poder local democrático tal como o vivemos, é tempo mais do que suficiente para tirar as ilações da experiência adquirida e proceder às mudanças que se impõe.
Esta mudança, passa não só, pelos critérios de gestão e administração, mas sobretudo pelo respeito e seriedade que os já eleitos, ou candidatos a sê-lo devem ter, perante os cidadãos.
Não é de todo admissível, que se sirvam dos cargos, em benefício próprio. De quando em vez, vai-se sabendo ( não há nada, que mais tarde ou mais cedo, não se saiba) que por os gastos com chamadas por telemóvel, um privilégio dos presidentes, atinge somas verdadeiramente escandalosas!!!... Quem as paga ???.
Também se consta e, a ser verdade é ridículo, que parte das dádivas que são recolhidas pelo banco contra a fome, entregues à junta de freguesia, para serem distribuídas pelos mais necessitados, parte são “desviadas (?)” depois de devidamente seleccionadas, directamente para a dispensa pessoal.
Felizmente é caso raro e, como dizem os antigos não é uma má árvore, que só por si, infesta a floresta.
O poder local exige pragmatismo e dispensa falsas promessas. Só assim se evita o desencanto e por vezes a revolta.
Os espectáculos quase sempre revestidos de forte dose de demagogia, com que somos confrontados, por certos responsáveis autárquicos, sobre coisas ou factos de sentido duvidoso, só servem para provocar indignação e descrença.
Para por um travão a tudo isto e até à indiferença como os cidadãos vêm encarando as eleições autárquicas, é que eu entendo que as juntas e respectivas assembleias de freguesia devem ter uma intervenção muito mais activa e participativa no poder local, contrariando assim o princípio de que as decisões que a estas lhes cabe por direito e ou por apetência, sejam tomadas pelas Câmaras Municipais, ou pior, pelo poder central.
Estamos em véspera de novas eleições autárquicas. Sabemos que existem freguesias com fragilidades estruturantes, próprias dos aglomerados urbanos onde estão inseridas e cujas características territoriais criam clivagens; de um lado vive-se bem ou muito bem, do outro, mal ou muito mal. De um lado o social cosmopolita e abundante, do outro, o social degradado e carente, com todas as implicações que daí advêm e que se reflectem invariavelmente no modus-vivendus das pessoas que nessas zonas habitam e têm o seu comercio.
A insegurança, a constante provocação e falta de respeito a que estão sujeitas, são as manifestações mais evidentes do anti-social em que vivem.
O sossego, é quase sempre substituído pelo desacato, ou pela voz alta dos que utilizam a noite, porque dormem de dia.
A qualidade de vida, é comprometida pela sujidade das ruas, - pelos passeios degradados e tomados por viaturas, - pelo estacionamento selvagem, e sem regras - pela ausência ou obstrução dos esgotos pluviais, que tornam certas ruas intransitáveis particularmente para os peões, - pela falta, de uma inspecção rigorosa aos alvarás e horários de funcionamento a certos cafés, salões de jogos,
bares e discotecas, onde o comportamento dos utilizadores, dentro e fora desses espaços, são o desespero de quem vive na imediações.
Tudo isto, é o dia a dia de muitas freguesias e a tudo isto as Juntas são indiferentes. A sua intervenção na comunidade, não pode estar limitada só a funções de serviços de secretaria (atestados ou declarações) ou até, à ajuda médica e social. Não!... Têm de ser uma espécie de governo, à sua dimensão. O seu raio de acção, exige uma intervenção atenta, constante e fiscalizadora.
O 25 de Abril abriu portas à Regionalização e esta, bem aproveitada é com certeza, a melhor oportunidade para que o poder local se afirme definitivamente como uma realidade.

Coelho dos Santos