Localização de Santo Ildefonso

01 junho 2008

A Freguesia de Santo Ildefonso, segundo o Decreto-Lei nº. 40.526 de 8 de Fevereiro de 1956, é delimitada da seguinte forma: Tem início na Avenida de Rodrigues de Freitas, no cruzamento com a Rua de S. Vitor (vértice comum que liga três freguesias: Santo Ildefonso, Bonfim e Sé). Segue pela Rua de D. João IV até à Rua da Firmeza, Rua da Firmeza, para poente, até à Rua da Alegria, Rua da Alegria, para norte, até à Rua da Escola Normal. Rua da Escola Normal, Rua de Santa Catarina para norte, arruamento nascente da Praça do Marquês de Pombal. Rua da Constituição, para poente, até à Rua de S. Brás e por esta rua, para sul, até à Rua do Paraíso, Rua da Regeneração, arruamento nascente da Praça da República. Rua do Almada até à Rua de Ricardo Jorge, onde fica o vértice comum às três freguesias: Cedofeita, Santo Ildefonso e Vitória. Rua do Almada, para sul, até à Rua dos Clérigos, onde fica o vértice comum às três freguesias: Vitória, Santo Ildefonso e Sé, seguindo, para nascente, pelo arruamento sul da Praça da Liberdade. Praça de Almeida Garrett, Rua da Madeira até à Praça da Batalha e deste ponto até à parede divisória dos prédios n.os 19 e 20 da Praça da Batalha e daqui, contornando a propriedade do Teatro Águia de Ouro, até junto ao cunha sudoeste do prédio nº. 1 da Rua de Entreparedes. Rua de Entreparedes, para nordeste, e Avenida de Rodrigues de Freitas até à Rua de S. Vitor.

Esat delimitação vigora até hoje, com pequenas alterações, motivadas pelas mudanças estruturais da rede citadina, na maior parte das vezes, porque apareceram nosvos edifícios ou artérias, bem como o desaparecimento de outros.


clicar para ver maior

Aqui ficam as artérias da área a que o Decreto-Lei nº. 40.526 de 8 de Fevereiro de 1956 se refere:

Avenidas

Aliados
Rodrigues de Freitas (nº. 250 ao 370 pares)
BECOS:
Pedregulho
S. Marçal

Largos

Fontinha
Padrão (nº. 8 ao 20 e do nº. 313 ao 321)
Ramadinha
Tito Fontes (Dr.)

Passeios

S. Lázaro

Páteos

Bolhão
Bonjardim

Praças

Batalha (nº. 1 ao 19 e do nº. 117 até ao fim)
D. João I
General Humberto Delgado
Liberdade (nº. 40 ao 142 pares e ímpares)
Marquês do pombal (nº. 1 ao 205 ímpares)
Poveiros
República (nº. 138 a 210 pares e ímpares)
Trindade

Ruas

Alegria (nº. 2 ao 294 e do nº. 1 a 417 até à Escola Normal)
Alexandre Braga
Alferes Malheiro
Almada (nº. 2 ao 614, pares)
Alfredo Magalhães (Dr.)
Alto da Fontinha
Alves da Veiga (Dr.)
António Emílio de Magalhães
António Pedro
António Sardinha
Artur de Magalhães Bastos (Dr.)
Ateneu Comercial do Porto
Bela da Fontinha
Bolhão
Bonjardim
Camões
Campinho
Carvalheiras
Clube dos Fenianos
Cooperativa do Povo Portuense
Constituição (nº. 545 ao 913, ímpares)
D. João IV (nº. 1 ao 493, ímpares)
Elísio de Melo
Entreparedes (nº. 1 ao 63, ímpares)
Escola Normal (nº. 1 ao 61, ímpares)
Estevão
Fabrica Social
Faria Guimarães (nº. 2 ao 550 e do nº. 1 ao 551)
Fernandes Tomás (nº. 288 e 335 até ao fim)
Firmeza (nº. 93 e 358 até ao fim)
Fonseca Cardoso
Fontinha
Formosa (todos os nºs. excepto os nºs. 2 ao 6, pares)
Gonçalo Cristóvão
Guedes de Azevedo
Guilherme da Costa Carvalho
Heróis e dos Mártires de Angola
João de Oliveira Ramos
João Pedro Ribeiro
João das Regras
Madeira (nº. 2 ao 246, pares)
Magalhães Lemos (Dr.)
Moreira d’Assunção
Musas
Olivença
Paraíso
Passos Manuel
Ramalho Ortigão
Raul Dória
Regeneração (nº. 1 ao 146, pares e ímpares)
Régulo Magauanha
Ricardo Jorge (Dr.) (nº. 2 a 36 e do nº. 3 a 23)
Rodrigues Sampaio
S. Brás (nº. 2 ao 606, pares)
Sá da Bandeira
Sampaio Bruno
Santa Catarina (nº.1 ao 1587 e do nº. 2 ao 966)
Santa Helena
Santo André
Santo Ildefonso (nº. 1 ao 311 e do nº. 2 ao 320)
Trindade
Trinta e Um de Janeiro

Travessas

Alferes Malheiro
Almas
Antero de Quental (nº. 2 ao 218 e do nº. 1 ao 259)
Bonjardim
Campos
Congregados
Fontinha
Formosa (da rua)
Liceiras
Regeneração
S. Brás (nº. 1 ao 47 e do nº. 2 ao 46)
S. Marcos
Sá da Bandeira
Senhora da Conceição


Fonte: Decreto-Lei nº. 40.526 de 8 de Fevereiro de 1956

Heráldica da Freguesia de Santo Ildefonso

Brasão

Escudo de azul com uma mitra de ouro, realçada de vermelho, sobreposta a uma cruz de duas travessas de prata, postas em pala, e em orla uma capela de ramos de carvalho de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: 'Santo Ildefonso'.

Bandeira

Esquartelada de azul e branco. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.

Selo

Circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: 'Junta de Freguesia de Santo Ildefonso'.

A Cidade do Porto

O Porto é um município português de 41,66 km² de área onde residem 227 790 habitantes (dados de 2006). É o centro de uma grande área metropolitana com 1,9 milhões de habitantes, contando com os municípios adjacentes que formam entre si um único aglomerado urbano contínuo.

O concelho do Porto é constituído por 15 freguesias. São elas: Aldoar, Bonfim, Campanhã, Cedofeita, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Massarelos, Miragaia, Nevogilde, Paranhos, Ramalde, Santo Ildefonso, São Nicolau, Sé e Vitória.

A cidade do Porto é conhecida como a Capital do Norte ou a Cidade Invicta. É a cidade que deu o nome a Portugal – desde muito cedo (c. 200 a.C.) que se designava de Portus, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, ou Portucale (Reino que deu o nome a Portugal). É portanto uma das cidades mais antigas e com um dos nomes mais antigos em todo o mundo.

História

Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres, fundador da terra portugalense, teve uma importante contribuição na conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale.

Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta", que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal.

Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o navegador.

Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a este prato típico .

Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX. Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta»). Alberga numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.

Como pontos turísticos, destacam-se a Torre dos Clérigos, da autoria de Nasoni, e a Fundação de Serralves, um museu de arte contemporânea. O Centro Histórico é Património da Humanidade, classificado pela UNESCO. A Foz é outra zona altamente turística, por muitos considerada a mais bela zona da cidade, onde se pode desfrutar da beleza do Oceano Atlântico conjugada com um belíssimo e romântico passeio marítimo. Hoje em dia, a cidade do Porto recebe mais de um milhão de turistas por ano, tendo-se tornado numa das cidades mais visitadas da Europa.

Foi capital europeia da cultura em 2001 (Porto 2001) e acolheu vários jogos do Campeonato Europeu de Futebol de 2004, nomeadamente o jogo de abertura.

Economia

As relações económicas do Porto com o vale do Douro estão bem documentadas desde a Idade Média. Nozes, frutos secos e azeite sustentaram um próspero comércio entre o Porto e a região. Do Porto, estes produtos eram exportados para mercados externos no Velho e no Novo Mundo. No entanto, o grande impulso ao desenvolvimento das relações comerciais inter-regionais veio da agro-indústria do Vinho do Porto. Esta actividade desenvolveu decididamente a relação de complementaridade entre o grande centro urbano do litoral e esta região de enorme potencial agrícola, particularmente vocacionada para a produção de vinhos fortificados de grande qualidade.

O desenvolvimento do Porto esteve sempre intimamente ligado com a margem sul do Douro, Vila Nova de Gaia, até 1834 parte integrante do seu termo, onde se estabeleceram as caves para envelhecimento dos vinhos finos do Alto Douro.

O Porto sempre rivalizou com Lisboa em poder económico. A abastada classe de industriais da região criou, logo em meados do século XIX, a poderosa
Associação Industrial Portuense, hoje Associação Empresarial de Portugal. A antiga Bolsa do Porto foi transformada na maior Bolsa de Derivados de Portugal, tendo-se fundido com a Bolsa de Lisboa criando a Bolsa de Valores de Lisboa e Porto. Em 2002, a BVLP acabou por se integrar na Euronext, em conjunto com bolsas da Bélgica, França, Países Baixos e Reino Unido. O edifício que albergou durante muito tempo a bolsa, o Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, é hoje uma das principais atracções turísticas da cidades.

O Porto é sede do Jornal de Notícias, um dos diários de maior tiragem a nível nacional, e da Porto Editora, um dos maiores empresas editoras do país, conhecida pelos seus dicionários e livros escolares.

No Porto cruzam-se várias estradas e linhas de caminho-de-ferro que também contribuíram para tornar a cidade o principal centro comercial de toda a região nortenha. Apesar da progressiva terciarização do centro, a actividade industrial continua com grande relevância, laborando na sua cintura industrial fábricas de têxteis, calçado, metalomecânica, cerâmica, móveis, ourivesaria e outras actividades fabris, algumas ainda a nível artesanal.

Sendo a cidade mais importante da altamente industrializada zona do litoral norte de Portugal, muitos das mais importantes grupos económicos do país de diversos sectores – tais como a Altri, o grupo Amorim, o Banco BPI, a Bial, a EFACEC, a Frulact, a Lactogal, o Millennium bcp, a Porto Editora, a Sonae, a Unicer e a RAR – têm a sua sede social na cidade do Porto ou na Grande Área Metropolitana do Porto.

Mais recentemente vieram a público dados que dão conta de que o Porto é a cidade mais pobre da Península Ibérica e uma das mais pobres da União Europeia. Como exemplos podemos referir o facto de 45% dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção residirem no Distrito do Porto e que a Taxa de Pobreza se situa nos 25% enquanto a média nacional é de 18%.


Fonte: wikipedia.org

Mercado do Bolhão

O Mercado do Bolhão é um dos mercados mais emblemáticos da cidade do Porto, em Portugal, classificado como imóvel de interesse público em 22 de Fevereiro de 2006.

A construção caracteriza-se pela sua monumentalidade, própria da arquitectura neoclássica. Os vendedores no mercado distribuem-se por dois pisos. Existem quatro entradas principais a diferentes cotas: a entrada sul dá acesso ao piso térreo, as entradas laterais a um patamar intermédio de escadas que ligam ambos os pisos, e finalmente, a entrada pela Rua de Fernandes Tomás, que dá acesso directo ao piso superior.

O Mercado do Bolhão é vocacionado sobretudo para produtos frescos, sobretudo alimentares. Os vendedores estão divididos em diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos, hortícolas e florais.

O Mercado do Bolhão situa-se na freguesia de Santo Ildefonso, delimitado a norte pela Rua de Fernandes Tomás, a sul pela Rua Formosa, a este e oeste pelas ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira, respectivamente. Integrada na Baixa do Porto, a zona de que o mercado é expoente é conhecida por ser uma área de lojas tradicionais dedicadas a produtos alimentares. Para além do Mercado do Bolhão, situam-se ao seu redor mercearias finas, tais como a "Casa Chinesa", a "Casa Transmontana" e a "Pérola do Bolhão".

História

A existência do mercado remonta a 1839, quando a Câmara Municipal do Porto pretendeu concentrar, neste local, todos os mercados existentes na cidade. Inicialmente estava ladeado apenas por um gradeamento em ferro[2]. O actual edifício foi inaugurado em 1914, substituindo o anterior mercado existente no local. A obra foi conduzida pelo arquitecto António Correia da Silva por decisão da primeira vereação republicana da Câmara portuense, presidida por Elísio de Melo.

O edifício do Mercado do Bolhão encontra-se hoje severamente degradado, tendo sido proposta a sua reabilitação e lançado um concurso público para a sua gestão por privados. Todo este processo foi alvo de uma forte contestação.

Reabilitação

Processo desde 1992

A Câmara Municipal do Porto recorreu, na década de 1990, a um concurso público internacional, nomeando para júri de concurso, o IPPAR, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e o arquitecto Álvaro Siza Vieira. As bases do concurso tinham o seguinte fundamento: Manter o carácter geral do edifício, no que respeitava à salvaguarda dos aspectos formais e funcionais, à manutenção do Mercado Tradicional, ao acrescentar novas funções a espaços perdidos.

O projecto vencedor, do arquitecto Joaquim Massena, foi aprovado por "unanimidade com distinção e Louvor" (citado no Processo Concurso 1992 Mercado do Bolhão- C.M Porto, exposto no Orfeão do Porto) Contemplava a manutenção de todo o edifício numa perspectiva Patrimonial, nos seus aspectos funcionais e compositivos. O comércio tradicional é mantido, dotando de novas infra-estruturas para a comercialização de frescos. São ainda equacionadas áreas Museológicas e Auditórios, reforçando no Mercado diferentes horários de funcionamento.

Em 1994, com a articulação do sistema da Metro Ligeiro do Porto com a estação de Metro do Mercado do Bolhão, a C.M.Porto, decide avançar com a Reabilitação do Mercado, fazendo nesse mesmo ano, a adjudicação à equipa liderada pelo arquitecto Joaquim Massena, o projecto de execução, para a Reabilitação do Mercado do Bolhão.

O arquitecto Joaquim Massena, instalou um gabinete de apoio, no interior do Mercado do Bolhão, com o objectivo de fazer um levantamento exaustivo sobre o uso do edifício e o seu estado físico, bem como levar a conhecer os trabalhos realizados pela a equipa, aos Comerciantes e à Cidade.

Em 1997, foi pedida a Classificação do Mercado do Bolhão, enquanto edifício Patrimonial. Foi aprovado a classificação pelo edital de 10/97 da C.M.Porto, confirmada pelo IPPAR (actual IGESPAR).

Em 1998, o projecto de execução da Cidade, foi acompanhado por todos os Organismos de Tutela, incluindo a C.M.Porto, e IPPAR (Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico- actual IGESPAR). O projecto de execução foi aprovado por todos os Organismos de Tutela, em 1998.


Processo - em 2007

Em 2007, a Câmara do Porto decidiu abrir um novo concurso público de concepção/construção. O concurso admitiu a entrega do Mercado do Bolhão para exploração a privados, durante 70 anos. A empresa imobiliária vencedora, TramCroNe - Promoção e Projectos Imobiliários, S.A., anunciou que o seu projecto prevê a demolição de todo o interior do Mercado do Bolhão, deixando apenas a fachada, e contempla a construção de habitações de luxo e de um centro comercial, deixando apenas cerca de 3% da área total para o comércio tradicional.

Estas declarações provocaram uma série de movimentos cívicos, levantando diversas questões sociais e culturais, prometendo impedir que se faça a demolição do Mercado do Bolhão.

Várias associações e movimentos, assim como cidadãos individuais do Porto, uniram-se na tentativa de impedir a sua concessão a privados e respectiva demolição, sensibilizando para sua urgente reabilitação. Entre as acções desenvolvidas inclui-se uma petição com mais de 50.000 assinaturas, entregue na Assembleia da República, uma acção judicial, várias iniciativas de mobilização junto ao Mercado e à Câmara, tertúlias e acções de esclarecimento e o Cordão Cultural do Bolhão, grande evento cultural em torno do mercado que contou com a participação de vários artistas solidários com a causa.


Fonte: wikipedia.org

Conjunto - Praça da Liberdade, Avenida dos Aliados e Praça do General Humberto Delgado

Praça da Liberdade

A Praça da Liberdade é, por muitos, considerada o coração da cidade do Porto, em Portugal. Localiza-se na Baixa da cidade, na freguesia de Santo Ildefonso.

Avenida dos Aliados

A Avenida dos Aliados é um importante arruamento na freguesia de Santo Ildefonso, na Baixa da cidade do Porto, em Portugal. Com a Praça da Liberdade e a Praça do General Humberto Delgado constitui um tecido urbano contínuo.

A imponência do seu conjunto arquitectónico e o seu carácter central fazem dela a "Sala de Visitas" da cidade, local por excelência onde os portuenses se concentram para celebrarem os momentos especiais.

Todos os edifícios são de bom granito, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. O eixo da avenida é marcado por uma ampla placa central que, até meados de 2006, era ajardinada e agora está completamente calcetada por paralelipípedos de granito. No topo sul da placa central está a Juventude, também conhecida como a Menina dos Aliados, escultura de mármore de Henrique Moreira.

Do lado esquerdo quem sobe, confinando com a Praça da Liberdade, localiza-se o edifício da antiga companhia de seguros "A Nacional", obra de Marques da Silva. De um e outro lado da avenida encontram-se diversos bancos: o Banco Espírito Santo, no edifício do desaparecido Banco do Minho; o Banif, no edifício do extinto matutino O Comércio do Porto; a Culturgest Porto, na Caixa Geral de Depósitos, edifício com uma colunata de grandes proporções encimada por um torreão cupular.

Sensivelmente a meio da avenida, de um e outro lado, estão as duas bocas da estação "Aliados" da Linha D do Metro do Porto.

Foi precisamente a construção das saídas da estação que originou a completa reformulação da avenida, obra que foi entregue ao arquitecto Álvaro Siza Vieira. O projecto ficou envolvido por uma enorme contestação por, alegadamente, desvirtuar a tradição histórica e paisagística do local. Apesar de tudo, a obra -- que procurava criar uma continuidade entre a Avenida e a Praça de Liberdade -- foi, nas suas linhas gerais, concretizada.

Ao cimo, onde se ergue o edifício da Câmara Municipal do Porto, a avenida dá lugar à Praça do General Humberto Delgado.

Praça do General Humberto Delgado

A Praça do General Humberto Delgado é um largo na freguesia de Santo Ildefonso da cidade do Porto, em Portugal.

É nesta praça que se localiza o edifício da Câmara Municipal do Porto.


Fonte: wikipedia.org

Capela de Santa Catarina ou Capela das Almas

A Capela da Almas ou Capela de Santa Catarina fica situada na freguesia de Santo Ildefonso no Porto.

A sua construção data dos princípios do séc. XVIII.

A capela tem dois corpos, sendo o segundo mais baixo, e sofreu obras de ampliação e restauro que modificaram o estilo original, em 1801.

O exterior da capela está revestido de azulejos da autoria de Eduardo Leite e foram executados pela Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, em Lisboa que datam de 1929 e representam os passos da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina, que são venerados na dita capela.

O revestimento é constituído por 15.947 azulejos que cobrem cerca de 360 metros quadrados de parede.


Fonte: wikipedia.org

Igreja de Santo Ildefonso

A Igreja de Santo Ildefonso, em honra de Santo Ildefonso está localizada na freguesia de Santo Ildefonso, no centro da cidade do Porto, em Portugal.

A igreja foi reconstruída a partir de 1730, por se encontrar em ruínas a primeira igreja e ficou concluída em 1739.

A fachada é composta por duas torres sineiras com dentilhões nas cornijas, rematadas em cada face por esferas e frontões de fantasia.

Por cima do entablamento ergue-se o nicho do padroeiro. Guarnecem as paredes azulejos de Jorge Colaço (1932), com cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias da Eucaristia.

A nave é de tipo poligonal em estilo proto-barroco, com tecto em madeira e estuques ornamentais repetidos nas paredes.

Os altares laterais são obras neo-clássicas e os colaterais são de talha rococó.

O retábulo em talha barroca é rococó da segunda metade do século XVIII.


Fonte: wikipedia.org
Visitar também: Paróquia de Santo Ildefonso

Café Majestic

Inaugurado a 17 de Dezembro de 1921, com o nome de "Elite", o café, situado no n.º 112 da Rua de Santa Catarina, esteve desde logo associado a uma certa frequência das pessoas distintas da época. Um dos que esteve presente na inauguração foi o piloto aviador Gago Coutinho, acabado de chegar de uma viagem à ilha da Madeira, e que ficou encantado com o esplendor da decoração arte nova.

No ano seguinte o nome mudaria de Elite para Majestic, sugerindo o chic parisiense, mais de encontro à clientela que pretendia atrair, e tão apreciado na época.

Frequentaram o café nomes como Teixeira de Pascoaes, José Régio, António Nobre, o filósofo Leonardo Coimbra. Mais tarde tornou-se lugar assíduo para os estudantes e professores da Escola de Belas Artes do Porto.

Uma outra das conhecidas tertúlias que o animou era constituída pelo escultor José Rodrigues e pelos pintores Armando Alves, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro. Este grupo adoptaria, devido à classificação final do curso, o irónico nome de "Os quatro vintes", e manter-se-ia unido numa série de exposições no Porto, em Lisboa e em Paris no período 1968-1971.

Hoje em dia continua a ser animado com recitais de poesia, concertos de piano, exposições de pintura, lançamentos de livros, realização de algumas cenas para filmes nacionais ou estrangeiros.

Estilo arquitectónico

O Café Majestic de traça ideada pelo arquitecto João Queirós, inspirada na obra do mestre Marques da Silva, permanece ainda hoje como um dos mais belos e representativos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto. O edifício, fundeado em 1916 no ângulo formado pelas ruas de Santa Catarina e Passos Manuel, previa, na memória descritiva da sua reconstrução, a existência de “estabelecimentos virados para a rua pedonal.”

A imponente fachada em mármore, adornada com aspectos vegetalistas de formas sinuosas, reflecte o bom estilo decorativista da altura. Um trio de elegantes colunas marca a frontaria, limitada por uma secção rectangular, rasgada em vidro. No topo um frontão coroa a composição com as iniciais do Majestic. Ladeiam-no duas representações de crianças que, divertidas, convidam o transeunte a entrar.

Dentro do estabelecimento, de planta rectangular, reina a linguagem Arte Nova. A simetria curvilínea das molduras em madeira e os pormenores decorativos cativam a observação. Grandes espelhos riscados pela idade, intercalados por candeeiros em metal trabalhado, delimitam as paredes num inteligente jogo óptico de amplitude, que lhe dá uma dimensão maior que a real.

Esculturas em estuque, representando rostos humanos, figuras desnudas e florões, confirmam o gosto ondulante e sensual, enquanto que duas linhas de bancos em couro gravado, substituindo os originais em veludo vermelho, criam, em termos de perspectiva, uma sensação de profundidade e elegante aconchego.

O recorte sinuoso dos caixilhos da espelharia, a luminosidade dos candeeiros, os detalhes em mármore e os bustos sorridentes que se estendem das paredes ao tecto, conferem-lhe ambiência dourada e confortável, incitando ao repouso e à conversa amena. O Café Majestic emana uma atmosfera de luxo, requinte e bem-estar.

O pátio interior, construído em 1925, é um recanto de contornos delicados, com escada e balaustrada de pequenas dimensões, arquitectado como se de um jardim de Inverno se tratasse. Sob a direcção do mestre Pedro Mendes da Silva, este espaço simboliza uma nova era do Café Majestic. A construção do bar e da ligação ao café por meio de uma escadaria, permitiu abrir uma nova frente, a da rua Passos Manuel, “…onde será posto à venda vinho do Porto. Para isso, escolheu-se o estilo regional da nossa arquitectura, não só para a construção do bar, mas também para a vedação do muro.”

A nova fachada foi subsequentemente idealizada e executada seguindo moldes diferentes dos adoptados para o interior. Se este é ao gosto internacional, o novo espaço, não o renegando, apresenta um estilo mais rústico, manifestando o que mais tarde Raul Lino designou por casa portuguesa.

Nesse mesmo ano o Majestic cumpre singularmente a função plural de satisfazer todos os desejos da clientela. Volta a chamar o arquitecto João Queirós, agora para abrir uma modesta mas graciosa janela no muro remodelado, virada para a rua Passos Manuel, onde passará a vender tabaco e rapé à população. Um ano depois, em 1926, o espaço é ampliado e cedido à exploração da firma Tinoco & Irmãos, construindo uma “pequena cabina (…) para servir de tabacaria.”

Auspícios de novos tempos e hábitos surgem em 1927, através da ampliação do bar com vista ao “serviço e fornecimento de cerveja para o terraço ali já existente.”

O espaço, como o vemos, apresenta-se evolutivo. De uma formulação mais depurada e arquitectural à entrada, motivada pelas raízes Beaux Arts do arquitecto, ao aproximarmo-nos do jardim passamos para um decorativismo colmatador das estruturas arquitectónicas, terminando no portal jónico de ligação ao exterior, com grande volutas transparentes e sensuais, tipicamente Art Nouveau, insinuando as esculturas femininas que vislumbramos no exterior. Esse, verdejante e luminoso, serve actualmente para a dinamização de concertos durante o Verão, pelo que se tornou no terceiro centro cultural do Majestic, a rivalizar com o piano de cauda no interior e com as inúmeras exposições de pintura a acontecer no piso inferior, outrora votado ao jogo de bilhar.

Sob a égide dos Barrias, o Café foi encerrado para execução de um projecto de remodelação. Em 1994, depois da substituição do pavimento interior, da reposição do mobiliário original e do desenho de um novo balcão, o Majestic foi reaberto, devolvendo-se-lhe finalmente uma merecida notoriedade.

Hoje

A partir dos anos 60, a transformação do ritmo de vida provocou o declínio destes estabelecimentos e o Majestic não escapou a essa sorte até aos primeiros anos da década de oitenta.

Porém, a sua beleza original e o seu significado na cidade do Porto, valeram-lhe a classificação em 31 de Agosto de 1983 de "imóvel de interesse público" e "património cultural" da cidade, o que possibilitou que se iniciasse um processo de recuperação que, apesar de longo, permitiu a reabertura do café em Julho de 1994 com todo o seu antigo esplendor, convidando a reviver a fascinante Belle Époque.

Na cave foi criada uma galeria de arte destinada a pequenas conferências ou exposições.

Uma curiosidade

Na biografia de J.K. Rowling escrita por Sean Smith, refere-se que a escritora passava muito tempo no Café Majestic a trabalhar no primeiro livro "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (apesar da escritora ter saído do Porto em 1994 e o livro apenas ter sido publicado em 1997).


Fonte: wikipedia.org

Biblioteca Pública Municipal do Porto ou Convento de Santo António da Cidade

Foi instituída no dia 9 de Julho de 1833, assinado nos paços reais de Porto por D. Pedro, duque de Bragança e referendado por Cândido José Xavier, ministro secretário de Estado por negócios do Reino. A criação da biblioteca teve por objetivo expressamente declarado solenizar o aniversário da cidade. O nome dado foi Real Biblioteca Pública da cidade do Porto.

A Biblioteca está instalada na casa que servia de Hospício dos Religiosos de Santo António de Val-da-Piedade - Convento de Santo António da Cidade -, situada na praça da Cordoaria. Os cargos seriam de nomeação da câmara, exceto o cargo de bibliotecário, cuja nomeação teria de ser feita pelo governo. Sendo que o primeiro bibliotecário foi nomeado pelo ministro Inspector, e o segundo pelo tríplice enviada pela câmara. O primeiro fundo bibliográfico do novo estabelecimento cultural foi constituído principalmente pelas livrarias dos conventos abandonados e pela do prelado da diocese, D. João de Magalhães e Avelar.É uma Biblioteca considerada, por nacionais e estrangeiros, com a mais numerosa e rica livraria particular que existia em Portugal.

Segundo Alexandre Herculano, ela constava de 36.000 volumes, além de 300 códices manuscritos. Devido a uma questão de herdeiros do prelado que perdurou por vários anos, o governo teve ainda que pagar essa uma quantia que na época era de 24.000$000reais. Os primeiros catálogos que a biblioteca possuía foram de dezesseis volumes manuscritos que naquela época prestavam excelentes serviços.

Em 1842 a Biblioteca constava de 24.256 obras, em 47.322 volumes, pelo que diz os livros já catalogados. Além, deste acervo, havia também 50.000volumes, entre os quais 4.200 tinham vindo dos conventos extintos de Vila do Conde e imediações. Foi nessa época que apareceram os primeiros catálogos impressos da Biblioteca do Porto. Encontra-se no prelo um catálogo descritivo, analítico e comentado dos Manuscritos Ultramarinos da Biblioteca Pública Municipal do Porto e organizado para aquele certame pelo Gabinete de História da Câmara Municipal da mesma cidade.

A coleção de manuscritos raros desta biblioteca enriqueceu em 1877 pelo legado do Conde de Azevedo. Esta biblioteca foi transformada em municipal, por determinação da Carta de lei de 27 de Janeiro de 1876, promulgada por D. Luís I, e referendada pelo ministro do Reino António Rodrigues Sampaio, tendo como presidente da Câmara do Porto Francisco Pinto Bessa.


Fonte: wikipedia.org

Coliseu do Porto

Com projecto, em estilo Arte Deco, dos arquitectos Cassiano Branco e Júlio Brito pertencendo à Companhia de Seguros Garantia, o coliseu foi inaugurado a 19 de Dezembro de 1941, com um concerto da Sinfónica Nacional, dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco.

No ano de 1995 a Companhia de Seguros AXA, então proprietária do imóvel, inicia negociações com a Igreja Universal do Reino de Deus, propondo-se esta última a comprar e a UAP a vender. Porém, várias personalidades ligadas à cultura, às artes e à autarquia local, promovem uma manifestação de repúdio à eventual transacção. Uma vez vetada pela autarquia, a transacção não se concretiza. Em Novembro de 1995, em escritura notarial outorgada entre a Câmara, a Área Metropolitana do Porto, a Secretaria de Estado da Cultura e a UAP, constitui-se uma associação sem fins lucrativos com a finalidade de adquirir o Coliseu e geri-lo como espaço de interesse cultural.


Fonte: wikipedia.org